O Grupo de Mídia de São Paulo (GM) celebra o Dia do Mídia, comemorado em 21 de junho, que é também o Dia Internacional do Aperto de Mão. Pode parecer uma mera coincidência, mas a atuação do profissional de mídia está diretamente ligada a esse ato, que representa o acordo ou o fechamento de negócios. 

Mas há também a tese de que o dia 21 de junho foi escolhido por ser o dia do solstício de inverno, quando o sol atinge a maior distância da terra e marca o início da estação fria, sendo considerada a noite mais longa do ano. Não deixa de ser uma homenagem ao profissional que passa longas noites em claro até terminar o seu ofício.

O fato é que antes, hoje e no futuro o profissional de mídia é um pilar essencial quando envolve análises de mercado, entendimento do comportamento do consumidor e a capacidade de se criar estratégias que maximizem o impacto de uma campanha. Isso porque os profissionais de mídia encontram campos de atuação em diversos setores da indústria da comunicação. Eles estão em:

– Agências, atuando como a inteligência estratégica para gerar os melhores resultados das campanhas dos clientes;

– Veículos, pois ajudam a planejar e vender espaços publicitários;

– Empresas de tecnologia, atuando na gestão e otimização de campanhas digitais;

– Departamentos de marketing, dentro de grandes anunciantes, desenvolvendo e implementando estratégias junto às equipes das agências.

“O Dia do Mídia é uma celebração do planejamento estratégico e da inovação que impulsionam a publicidade moderna. O papel do profissional de mídia é essencial para o sucesso de qualquer campanha publicitária”, afirma o presidente do GMSP, Fábio Freitas.

Vozes da experiência

O veterano Antônio Toledano, conselheiro do GMSP e consultor da área de mídia para agências, anunciantes e veículos, é um dos mais experientes profissionais da atualidade em atividade na indústria da comunicação, acompanhando há décadas as mudanças e a evolução dos mídias, em seu trabalho. “O papel do profissional de mídia sofreu uma transformação radical, acompanhando a explosão da tecnologia e a ascensão da era digital. O que antes era a seleção de meios e veículos, se tornou uma tarefa complexa, que exige profundo conhecimento das características de cada veículo, nas mais diferentes plataformas, e seu público”, afirma. 

Segundo ele, embora o portfólio de opções de mídia seja muito amplo hoje, as pesquisas e acesos à informação são quase ilimitadas. “O profissional de mídia é o mais capacitado analista do que proporciona os melhores resultados para uma campanha publicitária”, diz.

A diretora do GMSP e General Media Director na BETC Havas, Carol Espósito, lembra que, em linhas gerais, o trabalho da mídia na década de 1990 era mais pautado em negociações e compra de mídia em veículos tradicionais (TV, Rádio, Jornal, Revista e Outdoor). As atividades envolviam um planejamento estratégico pautado em informações das ferramentas de mídia de então para atingir os objetivos do briefing. Mas, após a virada do século, com a popularização da internet, o trabalho se expandiu e mudou muito. “Há novas segmentações, novas análises de dados e medição de resultados em tempo real. Hoje nosso trabalho é planejar e gerenciar planejamentos muito mais complexos, analisando dados de performance e ajustando estratégias com base em insights analíticos.”

Andrea Hirata, também diretora do GMSP, completa o raciocínio. “Mudou muita coisa em nosso trabalho. Hoje somos parte essencial e segura que garante o investimento certeiro”, diz. Isso, explica Andrea, inclui o que sempre fez parte da atividade. Além de negociar com veículos e plataformas, o mídia tem habilidades cruciais para obter os melhores valores e condições para a veiculação de campanhas, além de detectar oportunidades adequadas às necessidades de comunicação de cada anunciante.

Futuro

Sobre o futuro, há uma unanimidade. “Teremos cada vez mais dados, mais tecnologia e o básico: mais IA. E o papel do mídia será um grande piloto de soluções para imprimir a competência humana nas máquinas, para gerar conexões, integrar áreas, canais e metodologias, a fim de aumentar os resultados para clientes e agências”, afirma o diretor do GMSP e Head of Product Growth B2B do Banco Itaú, Robson Harada.

Carol diz acreditar que o futuro da atividade do profissional de mídia está intrinsicamente ligado ao avanço tecnológico. “Com o crescimento da inteligência artificial e das tecnologias de automação, os nossa atividade terá à disposição ferramentas cada vez mais sofisticadas para otimizar campanhas e personalizar a comunicação com os consumidores. A tendência é que o nosso papel se torne ainda mais estratégico, com um foco maior na integração de dados e na capacidade de adaptar rapidamente as estratégias às mudanças e aos comportamentos dos consumidores.”

Andrea complementa destacando que o profissional de mídia é essencial em qualquer local, desde que haja a necessidade de uma empresa ou marca se comunicar para um público de forma correta, estudada, direcionada e com a certeza de investimento e não somente em gastos.