Brasília, 14 de Julho de 2025 - 18:29

A ASCENSÃO DO NOVO PERFIL DE EMPREENDEDOR NA ERA DIGITAL

Em meio a adaptação à Inteligência Artificial e suas ferramentas disponibilizadas, o trabalhador contemporâneo tem a necessidade de desenvolver habilidades e características alinhadas às novas demandas do mercado de trabalho. Dominar ferramentas tecnológicas vai além de simplesmente saber usá-las: é necessário integrar esse domínio à ética profissional e à bagagem de experiências individuais. O pensamento crítico e a criatividade se tornam essenciais neste processo, pois trabalhadores com capacidade de resolver problemas complexos com soluções inovadoras se destacam cada vez mais. 

O professor e coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Alex Fabiane Teixeira, conta como enxerga essas principais mudanças: “Nos últimos anos, o mercado de trabalho passou por uma transformação profunda, impulsionada sobretudo pela digitalização, pela automação e pelas novas dinâmicas econômicas. A estabilidade de empregos formais foi substituída por uma lógica mais flexível, com ênfase em projetos, entregas e performance. O trabalho remoto, as jornadas híbridas e o crescimento do trabalho autônomo ganharam força, exigindo dos profissionais maior adaptabilidade e autonomia”.

Os motivos que levam os brasileiros a empreenderem atualmente está ligado principalmente ao desejo de fazer a diferença. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2023, fazer a diferença no mundo tornou-se a principal motivação para os empreendedores brasileiros, superando a necessidade do ganha pão do dia a dia. ​Mas a flexibilidade de horário, realização pessoal e a busca por autonomia continuam sendo os grandes motivos. Um levantamento realizado pelo GetNinjas em 2024 revelou que 61% dos profissionais do setor de serviços decidiram empreender em busca de maior autonomia. ​ 

“O empreendedorismo atual está mais acessível e menos dependente de capital inicial robusto, graças à economia digital. Há dez ou 20 anos, empreender envolvia abrir um negócio físico, lidar com burocracias e correr altos riscos. Hoje, com uma boa ideia, conhecimento técnico e acesso a plataformas digitais, é possível validar soluções, alcançar públicos-alvo e gerar receita com mais agilidade e menos barreiras”, explica o professor Alex.

Nesse novo cenário, empreender deixou de ser apenas uma alternativa em tempos de crise e passou a ser um caminho de propósito e inovação. A tecnologia tem sido um motor de reinvenção. Ela democratizou o acesso à informação e possibilitou o aprendizado contínuo, abrindo caminhos para novas carreiras e modelos de trabalho. Porém, ao mesmo tempo, ela impõe desafios: exige atualização constante, substitui funções tradicionais e pode excluir quem não tem acesso ou preparo para lidar com as novas ferramentas. A chave está em como cada profissional responde a essas mudanças.

Créditos: Freepik

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