Em um movimento estratégico que reforça o papel da comunicação na agenda da emergência climática e da transição energética, a Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial lança a Carta Aberje para Comunicadores por Ocasião da COP30. Elaborado com a participação dos Conselhos Deliberativo e Consultivo da entidade, o documento reúne diretrizes práticas e estratégicas para orientar comunicadores de empresas, setor público e sociedade civil antes, durante e depois da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará.

A COP30 representa um marco decisivo nos esforços globais de combate à emergência climática é uma oportunidade sem precedentes para reconhecer a comunicação como um pilar essencial na mobilização de ações e compromissos em prol do clima. Em um contexto de crescente polarização e proliferação de desinformação, a Carta posiciona os comunicadores como agentes-chave na defesa da ciência, na promoção do diálogo público e na consolidação de ações concretas pela sustentabilidade.

“Os comunicadores têm o poder de traduzir a ciência em linguagem acessível, engajar diferentes públicos e garantir que a agenda climática se mantenha viva e relevante”, destaca Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje e professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Dividida em três momentos antes, durante e depois da Conferência, a Carta propõe ações como o desenvolvimento de narrativas baseadas em dados científicos e experiências reais; engajamento com formadores de opinião e influenciadores para ampliar o alcance das mensagens; o combate ativo a desinformação climática; a ampliação da participação de comunicadores da Amazônia nas estratégias de comunicação; e a garantia da continuidade da comunicação sobre a agenda climática após o encerramento da COP30.

“A Amazônia não pode ser apenas pauta: precisa ser também voz. Incluir comunicadores locais no processo é garantir que as soluções reflitam a realidade de quem vive e protege o bioma diariamente”, ressalta Paulo Nassar. 

A Carta também enfatiza a importância de produzir conteúdos acessíveis e transparentes, dar voz às populações locais, fomentar o diálogo entre comunicadores e tomadores de decisão, além de estabelecer canais permanentes de educação midiática e climática.

“Não basta comunicar bem é preciso comunicar com responsabilidade, estratégia e visão de longo prazo. A COP30 é um momento decisivo, mas os impactos reais só virão se mantivermos o engajamento e a vigilância após os holofotes”, afirma Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje.

Compromisso com o futuro
Segundo a Aberje, a comunicação precisa ser cada vez mais estratégica, ética e orientada à ação, conectando ciência, políticas públicas e sociedade. “Os profissionais de comunicação têm a chave para transformar compromissos em ações e garantir que as conquistas da COP30 se traduzam em mudanças reais para o futuro do planeta”, reforça o documento.

Com a COP30 no Brasil e a Agenda 2030 se aproximando, a comunicação corporativa deve ser um agente de transformação, alinhando estratégias aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e mobilizando stakeholders. A Aberje destaca, este ano, o tema “Comunicação para a Transição”, reforçando o papel das empresas em promover ações sustentáveis, transparência e engajamento em torno de metas climáticas e sociais. “Mais do que informar, é preciso comunicar com ética e inovação para impulsionar mudanças reais”, completa Paulo. 

A Carta Aberje para Comunicadores por Ocasião da COP30 está disponível para consulta pública no site da associação: Link