A escolha do novo técnico da Seleção Brasileira vai muito além das quatro linhas e do desempenho em campo ela afeta diretamente o valor da marca Seleção e todo o ecossistema de negócios que gira em torno do futebol. Para Marcelo Toledo, professor de Gestão e Marketing Esportivo da ESPM, a chegada de um nome de peso como Carlo Ancelotti, por exemplo, carrega implicações que envolvem identidade nacional, imagem global e relações com patrocinadores.
Toledo lembra que, no Brasil, futebol não é apenas esporte é parte da cultura e da identidade nacional. A camisa amarela é uma das marcas mais reconhecidas do país no exterior, e a conexão entre a Seleção e o torcedor vai além de vitórias e derrotas. Quando essa ligação emocional se enfraquece, todo o sistema comercial também se abala.
Segundo ele, a performance da equipe influencia diretamente o interesse das marcas em se associarem à Seleção. “O marketing esportivo vive dessa conexão: paixão e performance. Cada convocação, cada resultado interfere não só no sentimento da torcida, mas também nos humores de um mercado bilionário. Os patrocinadores avaliam se vale ou não estar ao lado da Seleção com base na percepção pública, e isso está diretamente ligado ao trabalho do técnico.”
Marcelo Toledo reforça que, para além da competência técnica, o novo treinador precisará compreender o simbolismo de comandar um dos maiores ícones do Brasil no mundo. “Vencer não é só sobre o placar. É sobre representar algo maior. É isso que dá valor à marca Seleção Brasileira.”
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