Na última semana, a internet conheceu a apresentadora Marisa Maiô. Uma personagem criada por Inteligência Artificial que conheceu os brasileiros simulando um programa de auditório. Após o sucesso, a personagem fez a sua primeira campanha publicitária, uma ação de Dia dos Namorados para o “Magazine Luiza”.
Para a professora do Hub de Moda e Beleza da ESPM, Juliana Lopes, a publicidade feita com ferramentas de IA é um caminho sem volta. “Hoje, precisamos olhar a inteligência artificial como uma facilitadora”, diz. “Ela é uma ferramenta facilitadora e, por vezes, até aceleradora para várias áreas, e a publicidade é uma delas.”
Na opinião professor do curso de Ciência de Dados e Negócios da ESPM, Carlos Rafael Gimenes, é preciso ter cuidados especiais ao usar a Inteligência Artificial. No caso da Marisa Maiô, a ferramenta utilizada foi o Google Veo 3.
“Essa ferramenta não é para quem costuma fazer brincadeiras na internet com edição de vídeos”, diz Gimenes. “É, de fato, uma ferramenta com um valor mais elevado, não possui versão demo. O consumo é muito grande. O que reflete na qualidade dos vídeos produzidos. A IA está sendo utilizada como benefício da dúvida.”
Segundo o professor, muitas pessoas não têm acesso à origem da informação e isso gera dúvidas. “Esse caso da apresentadora não é brincadeira. As pessoas estão perguntando em qual canal passa esse programa.”
Preocupados com o uso da imagem, os professores destacam a importância de colocar avisos de que é uma Inteligência Artificial. Outro exemplo de uso da IA envolve a prefeitura de Ulianópolis (PA), que utilizou um vídeo gerado 100% com IA para divulgar o Circuito Cultural, com personagens fictícios, e sem aviso ao público.
“Quando a gente trabalha com imagem, é importantíssimo termos esse aviso de que estamos vendo algo feito com o IA. Não é algo que todas as marcas fazem, mas cada vez mais vai ser importante para que o consumidor se acostume”,afirma Juliana