Ele já se foi, para longe, entretanto continuará perto. Foi começar “uma nova história”. Chama todo mundo de “brother”, sorriso largo, risada aberta e um coração bom que conquistou um sem número de amigos. Excelente companheiro de prosa e cavador de notícias como poucos. Por isso mesmo, premiadíssimo com alguns Esso e outros awards. Vicente Nunes, editor-executivo do Correio Braziliense, é o que chamamos de “carregador de piano”, pois se tinha hora pra chegar, nunca pra sair, antes de resolver todos os pepinos da redação, do administrativo, da gráfica. E o farejo da notícia, da manchete do dia seguinte, já antevendo suítes. Começou a ser repórter econômico no Rio, cobrindo a antiga bolsa de valores. É um repórter de economia como poucos, pois os números não dizem nada sozinhos, se você não conseguir linkar com os efeitos nas questões político-econômico-sociais do país. E suas repercussões.
E, principalmente, conseguir traduzir a medida macroeconômica com clareza, para “Dona Maria da Ceilândia” entender o que se passa. Se por ventura ela ler o jornal, claro! Daí, depois de tantas madrugadas no Correio Braziliense, depois de ter tabulhado em outras redações de jornais de grande circulação nacional, Vicente foi pro outro lado do Atlântico. O plano era aposentadoria, mas o vício do oficio ao ofício chama. A nova tarefa, criada com certeza por quem não se conforma em vê-lo escapar, será como correspondente do CB na Europa. A lembrar que Vicente Nunes era correspondente do mesmo CB, em Nova York, no fatídico 11 de setembro de 2001, no atentado às Torres Gêmeas. “Foram 22 anos na redação do Correio Braziliense. Os laços continuam mais fortes do que nunca. Mas o dia a dia será do outro lado do Atlântico. Vai ser bom demais contribuir com o jornal como correspondente na Europa. Acompanhem, critiquem, deem sugestões”, ele diz. Só podemos desejar sucesso! Que venham as novidades de além-mar.