Cada vez que um artista, filme ou série desponta, parece que o mundo inteiro só gira em torno daquilo. Mas logo a moda passa e algo novo toma os holofotes, o que levanta a seguinte questão: a cultura popular, massificada, morreu? É isso que Marcus Collins, líder de estratégia de Wieden+Kennedy, e Ellie Bamford, chefe de estratégia da Wunderman Thompson, discutiram nessa quinta-feira, 22, no Cannes Lions Festival, na França.
A sessão começou com a definição do que é cultura – conceito historicamente disputado por várias acepções. Para Marcus Collins, todos os elementos da vivência têm impacto nessa caracterização. Mas a cultura, que é de fato popular, viria também da pressão social de “ser normal”.
Ao longo dos anos, coisas que costumavam ser muito limitadas a nichos específicos – e mal vistas pelo resto do público – ganharam espaço: super-heróis, anime, e-sports, kpop. “A cultura não está morta, mas ela vem da subcultura, e a maneira como a subcultura escala está mudando”, disse Collins.
Ele destacou ainda que o consumo é um ato cultural, o que fazemos para trazer a cultura para o mundo material. Para ele, os profissionais de marketing precisam encontrar novas soluções que dialoguem com as tendências emergentes, e saber explorar o que pode se transformar em algo mainstream. “É hora de abraçar as subculturas. As marcas que souberem fazer isso irão ganhar”.