A família se despediu do jornalista Carlos Henrique de Almeida Santos nesta segunda-feira, 05 de fevereiro. O sepultamento em Brasília foi realizado dois dias depois da morte do profissional, ocorrida no sábado (03), aos 75 anos de idade. Para muitos, foi a despedida de um poeta, boêmio e amigo que conhecia como poucos a capital do País.
Além de ser um dos mais conceituados jornalistas de Brasília, Carlos Henrique era também um defensor do mercado publicitário. Nos anos 1980, ele atuou em parceria com o publicitário e jornalista Fernando Vasconcelos para trazer a publicidade legal de volta para a iniciativa privada, durante o governo José Sarney. Foi ele que aproximou o Sindicato dos Publicitários e o presidente da República.
A medida marcou uma grande vitória para o mercado publicitário, recorda Fernando Vasconcelos, na época presidente do Sindicato dos Publicitários de Brasília. “Ele sempre nos apoiou. Além de tudo, foi um amigo e confidente durante anos”, afirma Vasconcelos.
DA BAHIA PARA BRASÍLIA
Carlos Henrique de Almeida Santos era soteropolitano radicado em Brasília havia 62 anos. Ele chegou à capital do país durante a sua adolescência, em 1962, dois anos depois da inauguração da capital.
Dez anos mais tarde, enquanto cursava direito na Universidade de Brasília, em 1972, começou a carreira jornalística como estagiário no jornal ‘O Estado de S. Paulo’, no período em que a sucursal era comandada por Evandro Carlos de Andrade. Seu próximo emprego seria na revista Veja, após ser convidado por Roberto de Pompeu de Sousa.
Em 1977, Carlos Henrique iniciou sua história na TV Globo sob a chefia de Toninho Drummond, onde permaneceu até 1984. Naquele ano, deixou a emissora para se tornar o primeiro diretor do SBT no Distrito Federal. Em 1988, assumiu o cargo de subchefe da Casa Civil do governo Sarney. Em 1989 e 1990, foi porta-voz da Presidência.
Depois de mais uma temporada na TV, Carlos Henrique passou a prestar consultoria a empresas. O jornalista, que lutava contra um câncer de pulmão, deixou a esposa, três filhos e cinco netos. Profissionais de mídia registraram homenagens em jornais, portais de notícias e redes sociais, dedicando a Carlos Henrique inúmeras poesias, uma de suas paixões.