A comunicação do Brasil se despede neste ano de 2025 do publicitário e economista carioca Maurício Dinepi, que deixa um legado de cinco décadas para o mercado. Dinepi morreu na madrugada de sexta-feira, 04 de abril, aos 72 anos, vítima de um infarto.
Ele era condômino dos Diários Associados e completaria, em setembro, 73 anos, dos quais 50 foram dedicados ao conglomerado de mídia. Ele sofreu um infarto enquanto dormia, em casa, no Rio de Janeiro. “Maurício ingressou no Correio Brazilense em 1975, foi gerente e diretorComercial. Eu exercia a gerência Comercial do Jornal de Brasília. Foi nessa época que conheci Dinepi e construímos uma sólida e sincera amizade”, afirmou o publicitário Fernando Vasconcelos, organizador do Prêmio Colunistas Brasília.
Dinepi iniciou a carreira no setor de publicidade da TV Tupi e seguiu no Departamento Comercial da revista O Cruzeiro. Em Brasília, cidade pela qual se apaixonou, foi gerente e diretor Comercial do Correio Braziliense, e diretor de Relações Institucionais dos Diários Associados.
Nas palavras de Fernando Vasconcelos, Maurício era “apaixonado pela vida, pela profissão, pelos seus quadros e por um carteado”. Ele possuía uma energia incomparável, diz Fernando.
“Viveu intensamente e com muita disposição para alcançar seus objetivos e seguir adiante, não importava as barreiras, sempre achava uma saída. Além de tudo, um amigo bom amigo”, afirmou Fernando.
A mesma visão foi compartilhada pelo presidente dos Diários Associados, Josemar Gimenez. De acordo com o executivo, Dinepi era “a elegância em pessoa”, além de “um companheiro, um sócio de extrema confiança e leal”. No que diz respeito ao trabalho, contribuiu para o relacionamento institucional do grupo, nos âmbitos políticos, jurídicos e sociais. “Os Associados sem o Maurício perdem um elo muito grande das empresas com a sociedade, especialmente no Rio de Janeiro”,declarou Gimenez, emocionado com a notícia.
O presidente do Correio Braziliense, Guilherme Machado, disse que a morte de Dinepi, figura de destaque nas áreas comercial e empresarial, deixa uma grande lacuna em todo o grupo. “Perdemos um grande companheiro e amigo. Ficamos com um vazio nos Diários Associados.”
Defensor dos publicitários
O talento e a disposição de Maurício Dinepi são lembrados por Fernando Vasconcelos, sobretudo no que diz respeito à lutas incessantes pelo crescimento e defesa do mercado publicitário. Fernando deixou um depoimento para o amigo que partiu:
“Mauricio e eu, eu e Maurício trabalhamos anos em prol do mercado publicitário de Brasília. Quando meu nome foi escolhido para presidir o Sindicato dos Publicitários de Brasília, convoquei o Dinepi para ser meu segundo vice-presidente.Formamos uma diretoria implacável. Por nove anos praticamos uma via sacra pelas Esplanadas dos Ministérios, ‘brigando’ em defesa do mercado. Nosso convívio, que já era ótimo, estreitou-se ainda mais quando ele me convidou para escrever, junto com ele, a coluna Correio Publicitário. Foram dois bons anos de convivência todas as sextas. Às vezes, ele me ‘deixava na mão’, porque ia dar um pulo ao Rio de Janeiro. Nesses dois momentos importantes vividos com o Maurício, tive a oportunidade de conviver com um bom conselheiro, sempre com idéias novas e fáceis de construí-las, além da necessária sabedoria para alcançar o sucesso. Acompanhei de perto seus passos nessa ocasião. Com a bagagem profissional de publicitário experiente e com um feeling político acurado, conseguiu chegar aonde chegou.”
Cumprindo um desejo pessoal, Dinepi será cremado no Rio de Janeiro, onde nasceu e viveu os últimos anos. Ele deixa dois filhos e duas netas.
Com informações do Correio Braziliense