O mundo da comunicação e publicidade se entristece com a notícia da morte, na manhã desta segunda-feira, 24 de fevereiro, do jornalista Marcio Ehrlich, aos 74 anos, no Rio de Janeiro. Conhecido por sua cobertura jornalística do cenário publicitário, um trabalho iniciado em 1977 com a coluna Janela Publicitária, Ehrlich se tornou uma bússola no mercado, em especial no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu.
O profissional comandou o Prêmio Colunistas no Rio e depois se tornou coordenador nacional da competição criada por Armando Ferrentini, publisher do propmark , em 1967, com Jomar Pereira da Silva.
Ehrlich era pianista, médico, diagramador, cartunista e jornalista. Casado com Renata Suter, foi colaborador ativo da Editora Referência, onde dirigiu a sucursal do propmark nos anos 1980 e início dos anos 1990, até se dedicar exclusivamente à Janela Publicitária.
Inicialmente, ainda em 1977, a coluna Janela era publicada às sextas-feiras no jornal Tribuna da Imprensa. Na época, o mercado publicitário passava por mudanças na busca de ampliar seu espaço, e Márcio Ehrlich se destacou pela forma descontraída ao abordar o setor.
Formado em Psiquiatria pela UFRJ, Márcio era um entusiasta de diferentes áreas da comunicação, o que refletiu em sua trajetória diversificada. Sua primeira incursão na área da comunicação aconteceu em 1969, quando publicou sua primeira tira de quadrinhos, Sir Lancelot, no Tribuna da Imprensa.
Além de atuar como cartunista, Márcio obteve espaços de destaque no rádio e na televisão. Em veículos como O Cruzeiro, O Pasquim, Jornal de Ipanema, e O Globo, ele abordou temas como publicidade, quadrinhos e videogames. Na TV, participou de programas de grande audiência, como o Programa Intervalo, na TVE, Programa de Domingo, na TVS, e Propaganda & Mercado, na TV Bandeirantes.
No teatro, Márcio registrou passagens por produções como Dólar, I Love You e Inspetor Geral. Ele também atuou em novelas da TV Globo, como Pantanal, Malhação e Viver a Vida, entre outras produções.
Na publicidade, Márcio Ehrlich foi um dos principais articuladores do mercado carioca, atuando em diversas associações e contribuindo com o desenvolvimento do setor. Foi diretor da ABP (Associação Brasileira de Propaganda), da ABM (Associação Brasileira de Marketing) e presidente da AMPRO-Rio (Associação de Marketing Promocional). Também foi vice-presidente da Abracomp (Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda).
Com uma história profissional tão rica quanto criativa, Márcio Ehrlich deixa um legado importante para o jornalismo publicitário brasileiro, onde se tornou referência.
Em um depoimento publicado no portal Janela Publicitária, Márcio fala sobre si mesmo:
“Tanto tempo depois, acho que ainda me divirto com o que faço. Aliás, sempre procurei me divertir, experimentando o que fosse possível na área de comunicação. Me divertindo assim acabei sendo jornalista, publicitário, desenhista, relações públicas, músico e ator.”
Em outro trecho, ele diz:
“Enquanto Deus ou a violência urbana não me pararem, eu me dou o direito de ir aprontando.”
Marcio Ehrlich deixa a esposa, Renata Suter, os filhos Lena e Leo, e o neto Guto.
O portal Fernando Vasconcelos, assim como a organização do Prêmio Colunistas Brasília lamentam profundamente a partida do amigo, profissional e parceiro Marcio Ehrlich.
– Com informações da propmark, Janela Publicitária e Adnews