Senti um abalo emocional, não poderia ter sido diferente, ao ser informado sobre a morte do meu padrinho e incentivador profissional Ivo Borges de Lima, neste dia 25 de março. Graças a ele segui no caminho da publicidade.
Vou contar como essa história começou, fomos colegas no CEUB. Ele, diretor Comercial do jornal Diário de Brasília, e eu trabalhava na fábrica de cimento Ciplan, estabelecida na Fercal, construída pelo paraense Efraim Ramiro Bentes.
Em dado momento, sem emprego, procurei o pernambucano Ivo Borges no Diário de Brasília, fundado pelo meu “primo” por afinidade, Geraldo Vasconcelos. Eu ia na verdade me despedir, pois cogitava voltar para Belém. Porém, meu padrinho de profissão reprovou a ideia e pediu que eu voltasse ao jornal no período da tarde.
Ao voltar, conforme combinado, Ivo já tinha sobre a sua mesa uma pasta, um bloco de autorização com folhas de carbono e uma tabela de preço do jornal. Ao entregar essas ferramentas, falou: “a partir de amanhã, você começa a trabalhar como agenciador autônomo. Tenho certeza que você vai crescer e ser um bom profissional”.
Foi o empurrão que eu precisava, jamais me esquecerei de sua generosidade. Ivo dedicou-se à vida pública por mais de 50 anos. Foi o primeiro administrador da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, secretário do Trabalho e de Transportes do DF, e durante anos assessorou cinco ministros da Educação, chegando a ser secretário-executivo da pasta. Foi também assessor do ex-vice-presidente da República Marco Maciel.
Devo ao amigo e padrinho Ivo Borges a oportunidade no início da carreira e incontáveis conselhos concedidos.
O velório está marcado para às 14:00h, na capela 01, do Campo da Esperança e o sepultamento para as 16:30h.