O presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, defendeu a necessidade de um acordo global contra a desinformação e em apoio ao Jornalismo ético, independente e profissional. Ele falou no painel sobre liberdade de imprensa, no 73º Congresso Mundial de Jornais. O evento é promovido pela Associação Mundial de Editores de Notícias (Wan-Ifra, na sigla em inglês) e realizado em Saragoça, na Espanha.
Segundo Rech, a proposta se deve à disseminação das desinformações e das bolhas de ódio, que ameaçam a estabilidade política, econômica e social, em escala mundial. “Da mesma forma que o mundo se organiza em torno de um acordo global contra as mudanças climáticas, devemos estimular a Organização das Nações Unidas (ONU) a liderar um esforço para um acordo que garanta a estabilidade mundial”, disse.
O presidente da ANJ ainda utilizou a Guerra da Ucrânia como exemplo: “se houvesse uma imprensa livre, independente e forte na Rússia, seria quase impossível lançar e manter a agressão à Ucrânia, e não se discutiria o absurdo de uma potencial guerra nuclear”.
Também participaram do debate Joan Chirwa, fundadora da Free Press Initiative, na Zâmbia, e CEO da The Mast, uma agência de notícias on-line; Joanna Krawczyk, presidente da Fundação Gazeta Wyborcza, da Polônia; e Ritu Kapur, cofundadora e CEO do The Quint, da Índia. A mediação foi feita pelo jornalista Javier Garza Ramos, consultor de segurança e membro do conselho do Fórum Mundial de Editores (WEF), informa coletiva.net.