As agências Cálix, Nacional e Nova/SB apresentaram recurso administrativo contra análises da subcomissão técnica da licitação do Sesc Senac e pedem a desclassificação da agência Binder e a revisão de suas notas.
A Binder alcançou a melhor pontuação na fase Técnica da concorrência 003/2019, que oferece verba de R$ 10 Milhões pelos próximos 5 anos, seguida das agências Cálix Propaganda e Nova/SB.
Dentre os argumentos nos recursos apresentados pela as agências ao Sesc Senac estão afirmações de que a agência Binder apresentou a mesma campanha feita em concorrência anterior de Furnas e prefeitura do Rio de Janeiro. O argumento principal da Calix é de que a agência Binder usou o mesmo conceito criativo usado em outra licitação pública, com apresentações que podem evidenciar uma possível identificação da empresa, passível de desclassificação.
Outro questionamento é de que o Assessor de Comunicação do Departamento Nacional do Sesc, José Land Neto, trabalhou na Binder durante o período de janeiro a julho deste ano de 2019, o que pode caracterizar interesse no processo licitatório.
A classificação geral ficou assim na Ata: Binder (80,430, Calix (73,41), Nova/SB (71,25), Agência Nacional (68,25), Stylus (55,08), E3 (55,00), Radiola (48,81), NBS (48,5) e Brick (41,12). As demais agências participantes foram desclassificadas.
“A agência Binder não respeitou a licitação e se auto-plagiou ao usar peças que já tinham sido propostas em outros certames. A identificação é clara e óbvia. Além de lamentável, é danoso para o mercado publicitário que profissionais do meio se valham de subterfúgios desse nível para poder ganhar concorrências de órgãos ilibados, enquanto outras agências trabalhem seriamente, propondo um alto nível de produção publicitária e o mais importante: respeitando as regras do certame”, diz Marcello Lopes.