Em entrevista por e-mail ao site Propmark, Irina Lylyk, presidente da Associação Ucraniana de Marketing (UAM), descreveu como está a situação no país, ante os ataques da Rússia. Os anúncios não existem mais no país. No metrô, por exemplo, são exibidos desenhos animados para acalmar e distrair as crianças.
Em tempos de mudança nas prioridades, ela conta que a associação se transformou em um ponto de conexão entre os profissionais, incluindo aqueles que estão em outras regiões do país.
“Nós temos nosso canal de comunicação no Viber, onde todos compartilham notícias e também recebem informações de quem precisa de ajuda. Tentamos informar uns aos outros todos os dias se estamos bem e o que estava acontecendo durante a noite”, explica. Ela diz que essa união tem permitido, inclusive, que algumas pessoas forneçam abrigo para quem saiu de áreas em zonas de perigo.
É uma mudança que também percebeu em relação a muitas marcas, que se posicionaram como uma rede de apoio à população. “Em primeiro lugar, somos gratos às grandes cadeias de lojas que garantiram suas operações habituais. Apesar do barulho das bombas caindo, vendem mercadorias e alimentos. Todas as farmácias estão abertas”.
Outro suporte veio das redes de telefonia móvel, que cancelaram cobranças em ligações para países onde vivem muitos ucranianos. Ela pede ainda que a comunidade internacional forneça apoio "real" ao país.
“Se esse horror na Ucrânia não parar, as marcas também serão bombardeadas em outras partes da Europa”, afirma.
Irina contou ainda que, "como outras mulheres, periodicamente desço ao porão para salvar meus filhos dos bombardeios. É além da caompreensão, no século 21, passar a noite no porão ou no metrô para escapar das bombas", diz ela.