Desde 2018, a publicidade digital ultrapassou a dos meios tradicionais nos Estados Unidos, país que mais investe no setor no planeta, segundo pesquisa realizada pela agência de dados e tecnologia Zenith. No Brasil, aos poucos esse panorama também vem acontecendo.Levantamento da PwC revela que a publicidade digital no país deve se igualar à tradicional até 2023. Apesar de ainda não liderar, o setor já convive com um claro movimento de importação de tendências norte-americanas, principalmente em se tratando de ferramentas tecnológicas.
Segundo Kristian Bottini, CEO global da 270B, agência especializada em publicidade digital nos Estados Unidos e que acaba de chegar ao Brasil, o movimento se dá após uma análise crítica feita pelo próprio setor. “A maioria das agências brasileiras encontra algumas dificuldades para se comunicar com o seu público-alvo, sejam eles clientes da área B2B ou B2C. Nos Estados Unidos, após a implementação de Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, NFTS, Metaverso, entre outras ferramentas tecnológicas disponíveis, observamos que as marcas conseguiram passar a ser mais assertivas em suas ações. Por isso, é fundamental que o Brasil também comece a investir nessa linha de atuação”, avalia.
“A efetivação dessas ferramentas disruptivas abre espaço para a realização de campanhas mais criativas e capazes de trazer um engajamento maior junto ao público final, além de facilitar a comunicação das agências com os clientes. No entanto, é preciso dizer que isso exige um trabalho de adaptação. Replicar sem contar com este cuidado não gerará um trabalho eficiente. É preciso encarar essas soluções atuais como novas opções no leque, até para não forçar uma ação desconexa com a realidade”, explicou Bottini ao Marcas pelo Mundo.