O primeiro capítulo do "Fenapro Transforma" – paper da FENAPRO (Federação Nacional das Agências de Propaganda) sobre as transformações do mercado e os desafios das agências em se adaptar a nova realidade – apresentado nesta quarta-feira (10/03) durante o programa Chacoalha, com a participação de Daniel Queiroz, presidente da Fenapro, Dudu Godoy, presidente do Sinapro-SP e vice presidente da Fenapro e Fernando Silveira, presidente do Sinapro-RS – abordou a grande mudança que o setor de publicidade e propaganda sofreu desde que o digital avançou sobre as mídias tradicionais, alterando totalmente a rotina das agências, e impactando a capacidade de sobrevivência de muitas agências brasileiras.
Denominado "Transformações em curso no mercado", este primeiro capítulo do documento destaca que se foi o tempo em que grandes agências criavam campanhas que marcavam época e influenciavam até mesmo a cultura de um país. Hoje, são as entregas de curto prazo que fazem parte do cotidiano, e não há espaço para campanhas memoráveis como antes ou para se realizar três ou quatro grandes campanhas por ano para um cliente. O digital é o campo de batalha, e a busca por resultado é diária.
"Houve uma grande mudança relacionada ao consumidor de mídia que transformou todo o mercado. Antes, o consumo era mais passivo e, por consequência, os contratos publicitários eram mais longos, com campanhas massificadas e de longo alcance . A partir do momento em que o consumidor de mídia passou a ter escolha via redes sociais, e a velocidade do consumo de informação e propaganda aumentou exponencialmente, resultado direto da popularização das redes sociais, o mercado teve que se adaptar a contratos mais curtos, com budgets menores e com demanda para resultados imediatos", afirmou Dudu Godoy.
"Outro resultado dessa mudança é que a criação, antes isolada nas agências, invadiu todas as áreas. Se existiam barreiras antigamente entre os departamentos das agências, com funções distintas, hoje o formato tem que ser muito mais horizontal, mais ágil, com soluções que têm que vir de todos os profissionais. Hoje, os criativos não só precisam ter uma ideia sensacional, mas já têm que pensar em como essa ideia vai impactar um consumidor de mídia cada vez mais exigente e que dá milésimos de segundos para o impacto de uma propaganda", salientou Fernando.
Mais informações do Fenapro Transforma podem ser obtidas acessando o paper por este link: https://bit.ly/paper-transforma