‘OK Google, mudar a voz do Assistente’. A partir de agora, quem der este comando para seu smartphone, tablet ou dispositivo inteligente terá uma segunda opção para a voz brasileira do Google Assistente. Para evitar o reforço de rótulos ou estereótipos que costumam ser associados a assistentes virtuais, as opções de vozes serão classificadas em cores (vermelho ou laranja), no lugar de gênero.
Segundo a direção do aplicativo, a novidade traz mais diversidade e inclusão na forma de se comunicar com o assistente, permitindo escolher uma voz com a qual a pessoa mais se identifique.
"O objetivo do Assistente é ser uma ferramenta personalizada, e isso significa permitir que as pessoas possam escolher a voz mais adequada para elas. Por isso, é importante poder oferecer uma nova voz para conversar e ajudá-las a realizar as suas tarefas no dia a dia", diz Maia Mau, Head de Marketing do Google Assistente na América Latina.
Para dispositivos inteligentes, o comando encaminhará para as configurações no app Google Home, onde quem quiser poderá fazer as alterações.
Desenvolvida pela DeepMind, empresa de inteligência artificial da Alphabet, a WaveNet é a tecnologia que está por trás da nova voz do Google Assistente no Brasil. Trata-se de uma rede neural geradora de ondas sonoras, capaz de criar falas mais realistas. Gerando interações mais naturais, com respostas que seguem ritmos e entonações mais parecidos com os de uma conversa entre pessoas.
Para se ter uma ideia do potencial da tecnologia, a WaveNet consegue criar uma voz do zero a partir do aprendizado de máquina, utilizando como base, em média, 16 mil modelos de falas para cada segundo de conversa gerada.
Essa inteligência também permite realizar transições contínuas entre palavras e frases, ao contrário da técnica anterior, que fazia uma ‘costura’ entre diversos sons gravados por um único dublador.