Brasília, 12 de Outubro de 2024 - 18:55

E AGORA PUBLICIDADE? PODCAST DEBATE SEGURANÇA PSICOLÓGICA NOS NEGÓCIOS

Está disponível o terceiro episódio do podcast “E agora, Publicidade?”, um conteúdo criado pela  plataforma global de mídia Teads, em parceria com MMA, desta vez aprofundando um tema cada vez mais crucial no ambiente corporativo: a segurança psicológica e seu papel estratégico para a promoção de inovação e impulsionamento de resultados sustentáveis de negócio.

Com mediação de João Faria, jornalista e criador da plataforma Marcas & Consumidores, os profissionais iniciam a troca de ideias reforçando a criatividade como um aspecto central do ecossistema publicitário, para então aprofundar as implicações de ambientes mais ou menos seguros em eficiência, capacidade de inovação, adoção de novas tecnologias, desenvolvimento de relações interpessoais e os reflexos no bem-estar psicológico dos profissionais do setor.

O debate entre a head do Instituto Internacional em Segurança Psicológica, Patrícia Ansarah, e o CEO e fundador do Grupo Croma, Edmar Bulla, traz dados tão alarmantes quanto contundentes, como aqueles sobre o medo de errar, ou de fazer uma pergunta, ou de expor uma ideia e vê-la rechaçada. Hoje, 7 em cada 10 profissionais de publicidade simplesmente optam pelo silêncio. Na prática, a consequência direta de decisões sendo tomadas à base de pouca (ou nenhuma) troca é o mercado trabalhando com apenas 30% de sua capacidade criativa.

“O silêncio custa muito caro. São 7.500 dólares, por pessoa, por reunião improdutiva, aquela em que a gente não trata do problema, faz conversas paralelas logo na sequência, faz outra reunião para resolver a reunião”, afirma Patricia. “Essa ineficiência de tempo e de recursos causa danos financeiros importantes para a organização, é só fazer a conta”,  diz a executiva, em referência a achados de uma consultoria americana de mediação de conflitos.

Os efeitos da crise sanitária, segundo Patricia e Bulla, ainda sentidos pelo comprometimento da capacidade humana de sociabilizar, e os dois maiores desejos dos brasileiros – saúde integral e fazer amigos em relações humanas presenciais – estão logicamente relacionados ao país com a maior prevalência de ansiedade no mundo.

A conclusão é de que, ao criarem condições para que as pessoas se sintam ouvidas e respeitadas, as empresas brasileiras vão mitigar prejuízos financeiros significativos e garantir base sólida para inovação, engajamento e equilíbrio da saúde mental das equipes. Alta rotatividade e improdutividade são apenas alguns dos desafios enfrentados por negócios carentes de segurança psicológica. Espaços co-criativos de aprendizado, onde o diverso é valorizado e o medo não paralisa, são capazes de desafiar sistemas e processos e promover conversas genuínas.

Ao longo do episódio, os especialistas também confirmam a crescente pressão sobre as mulheres e as lideranças e ressaltam que o fenômeno da segurança psicológica é relacional e coletivo por ser dependente de elementos e comportamentos compactuados e blindados pelo grupo, não apenas pelo gestor. 

Em um contexto de carência de identidade e pertencimento, a opinião dos convidados do “E agora, Publicidade?” é de que a fala “empresas são feitas de pessoas” deve ser substituída por “empresas são feitas de relações”. A saudabilidade destas relações é o objeto dos modelos estruturados de segurança psicológica, com indicadores de performance mensuráveis.

Em outras palavras, segurança psicológica não é sobre acolhimento, é sobre sustentabilidade dos negócios, construção reafirmada e relacionada várias vezes à resiliência e competitividade das empresas a longo prazo, bem como a uma decisão premente que elas têm que tomar: optar pela continuidade do adoecimento ou se posicionarem a serviço da cura.

“Nós sabíamos de antemão que este tema seria doloroso, dos mais provocativos e absolutamente necessário”, diz a co-MD da Teads no Brasil, Monika de Faria Lima Cerqueira. “A boa notícia para o nosso mercado publicitário é que, ainda que sua construção histórica precise ser revolucionada, não nos faltam lideranças inspiradoras e capazes de romper padrões de comportamento dos quais nos tornamos reféns e que não servem para mais ninguém, pessoas ou marcas”, diz.

Estes e muitos outros insights práticos estão disponíveis nas plataformas Spotify, Deezer, Marketing Future Today e YouTube. Na próxima semana, no dia 26 de setembro, será lançado o quarto, e último episódio, que irá abordar Diversidade e Inclusão, completando a série iniciada com “Jornalismo profissional e o combate à desinformação” e “O papel das marcas na promoção e na adoção de práticas mais sustentáveis”.

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