Dois projetos da Universidade de Brasília (UnB) participam da fase final do Academic Working Capital (AWC). Heal Light e Beep Solutions participam atualmente do programa anual de empreendorismo universitário do Instituto TIM que, desde 2015, apoia estudantes de todo o país que querem transformar seus Trabalhos de Conclusão de Curso em uma startup de base tecnológica.
Em 18 de dezembro, os dois projetos de Brasília também estarão em uma feira de negócios em São Paulo.
Heal Light: O protótipo une as tecnologias de fototerapia e membrana natural de látex para diminuir o tempo de cicatrização de úlceras de pé diabético, comum em quem tem diabete mellitus. Desenvolvido pelos estudantes Diogo Sousa, 27 anos, aluno de Engenharia Aeroespacial, e Saulo Lisboa, 28, aluno de Engenharia Elétrica. A primeira fase do projeto contou com testes clínicos em mais de 40 pacientes e está concluída. Agora, ao final da segunda fase, que é o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e obtenção da autorização da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a startup tem um protótipo, no qual são realizados testes em pacientes, comprovando os objetivos. A próxima etapa é caminhar na direção comercial. Caso a inovação seja adquirida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), será possível reduzir os gastos de dinheiro público, além de diminuir o número de amputações entre os pacientes com pé diabético.
Beep Solutions: O projeto foi desenvolvido pelos universitários dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Redes de Comunicação Fernanda Melo, Caio Carvalho, Pedro Henrique Costa e João Menezes. Trata-se de uma ferramenta auxiliar no controle de ótica em procedimento de laparoscopia. Atualmente, durante uma cirurgia, o médico faz o procedimento olhando por um painel e outro cirurgião manipula a câmera. Com a solução desenvolvida, a visualização seria feita pelo mesmo cirurgião, manipulando o aparelho da Beep Solutions, que é um braço robótico chamado CLARA, de forma que o cirurgião tenha mais precisão no que faz. Até o momento, já receberam o prêmio de melhor projeto de iniciação científica da área de biomédica no Brasil no ano de 2018. O protótipo já existe no laboratório de robótica da UnB e segue em desenvolvimento na busca por parcerias para melhorias e levá-lo para o mercado.