A tecnologia 3D se consolidou como uma das principais forças de transformação no mercado de eventos e live marketing. De ferramenta de visualização, ela evoluiu para um recurso estratégico que impacta criação, planejamento técnico, experiência do público e decisões de marcas que participam de feiras, eventos e ativações de maneira geral. Para André Vaz, diretor da Punch Live, o setor vive um amadurecimento claro. “A tecnologia 3D deixou de ser apenas uma imagem bonita de apresentação e passou a ser uma etapa essencial para tomada de decisão, redução de erros e construção de experiências mais inteligentes”, afirma.

Um dos impactos mais imediatos está na capacidade de prototipar cenários completos antes da execução. A modelagem tridimensional permite testar volumetria, circulação, iluminação e posicionamento de produtos, evitando retrabalho e otimizando o uso do espaço físico, fator decisivo em eventos de grande porte. Segundo Vaz, essa previsibilidade mudou a dinâmica entre cliente, criação e produção. “Hoje, conseguimos simular conceitos inteiros, antecipar problemas e tomar decisões mais precisas, o que antes só era descoberto na montagem”.
A tecnologia também ampliou as possibilidades de storytelling e personalização. Ao enxergar os ambientes tridimensionalmente, marcas conseguem compreender melhor como destacar narrativas, produtos e experiências dentro de um evento. Isso inclui desde animações projetadas até estruturas cenográficas mais complexas, tornando a comunicação mais envolvente e estratégica. “O 3D permite visualizar atmosferas e conceitos que ajudam o cliente a entender, com clareza, como sua marca será percebida dentro daquele espaço”, explica o empresário.
Outro avanço é o uso crescente de recursos tridimensionais interativos, como aplicações de realidade aumentada e simulações digitais para apresentar produtos ou ativações. Embora ainda mais frequentes em grandes projetos, essas ferramentas representam uma grande tendência para os próximos anos. “A tecnologia aplicada à experiência do visitante ainda tem muito espaço para crescer no Brasil, mas já estamos vendo marcas buscando soluções mais imersivas e digitais para aumentar engajamento”, comenta Vaz.
Além da experiência criativa, o 3D tem papel determinante na eficiência operacional. A simulação antecipada de cenários permite prever demandas de estrutura, fluxo de pessoas, pontos críticos e necessidades de montagem, reduzindo custos e aumentando a segurança. Em eventos com janelas reduzidas de instalação, realidade comum em feiras, por exemplo, essa previsibilidade é indispensável. “Planejamento é um dos pilares do setor, e o 3D virou uma ferramenta de engenharia tão importante quanto de criação”, destaca o diretor da Punch.
Segundo ele, a combinação entre tecnologia e metodologia tem resultado em projetos mais assertivos, experiências melhor desenhadas e maior confiança por parte das marcas. “O 3D transformou a nossa forma de criar e planejar. E à medida que novas tecnologias surgem, estamos apenas no começo das possibilidades, em especial no que diz respeito às experiências que poderão ser vividas pelo público”, completa.




