Brasília, 09 de Setembro de 2024 - 5:34

PIB CRIATIVO SOBE A R$ 217 BI EM 2020, INFORMA A FIRJAN

Puxado pelas áreas de Tecnologia e Consumo, cresceu a participação do entretenimento no Produto Interno Bruto (PIB), de 2,61% para 2,91%, entre 2017 e 2020, totalizando 217,4 bilhões de reais. É o que aponta o estudo “Mapeamento da Indústria Criativa”, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que mostra que o número de profissionais criativos, apesar da pandemia, cresceu 11,7% no período.

O Brasil contaria com 935 mil profissionais criativos, formalmente empregados, até 2020. O levantamento reflete as transformações da nova economia e tem como fonte principal o Ministério do Trabalho e Previdência. São quatro as áreas criativas: Tecnologia, Consumo, Mídia e Cultura. Consumo e Tecnologia representam mais de 85% dos vínculos empregatícios do setor, com alta de 20% e 12,8%, respectivamente. Reflexo do aumento da tecnologia na pandemia e da necessidade da transformação digital de empresas, diz o estudo. Já Cultura e Mídia registraram menos 7,2% e menos 10,7%, respectivamente.

  Conforme o vice-presidente da Firjan, Leonardo Edde, a redução de vagas no setor de Mídia é de caráter estrutural, consequente de inovações tecnológicas que mudaram a forma como os agentes produzem, disseminam e consomem o conteúdo (como exemplo o fechamento de jornais). Também colaboram as alterações nas relações de trabalho, que não ocorrem mais em formato de contratações generalizadas e foram impactadas pelas mudanças físicas geradas pela pandemia.

Em relação à Cultura, Edde diz que o setor já vinha enfrentando dificuldades, em razão de desafios institucionais ligados a novas legislações, como a alteração na Lei Rouanet, que estabeleceu a redução de 50% no limite para captação de recursos e a diminuição de cachês. 

“As produções criativas nos ajudaram a encarar os dias difíceis de pandemia e a manter a saúde mental no isolamento. O problema é que nós apenas consumimos, mas não geramos mais dessa riqueza em razão do isolamento e de outras barreiras físicas geradas pela pandemia. Ou seja: aumentou o consumo e caiu a produção cultural”, analisa Edde, conforme a Telaviva.

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