O jornalista Wilson Ibiapina morreu nesta terça-feira, 9, aos 80 anos, de falência múltipla dos órgãos, em Brasília. O velório está marcado para a manhã desta quinta, 11, na Casa do Ceará, lembrando o Estado em que ele nasceu em 26 de fevereiro de 1943. Deixa a esposa, a jornalista Edilma Neiva, e dois filhos.
Ibiapina trabalhou em rádio, jornal impresso como os Diários Associados, tendo feito longa carreira no telejornalismo. Foi o primeiro repórter da TV Globo no Distrito Federal, onde foi chefe de reportagem, editor do Jornal da Globo e do Bom dia Brasil.
Cobriu fatos históricos como o enterro do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976. “Aquela era a primeira vez que o povo ia às ruas em Brasília durante a ditadura e flashes do velório foram transmitidos ao longo de toda a programação”, da TV Globo, lembrou o jornalista ao programa Memória Globo.
Nascido na cidade de Ibiapina, a 360 Km de Fortaleza, chegou na capital federal na década de 1970. Depois, implantou a TV Verdes Mares, sucursal da Globo no Ceará. Mas gostava mesmo era de Brasília:
“Se você for trabalhar em Brasília, você nunca mais quer trabalhar em outro lugar. Porque lá você vê a notícia surgir, a origem da informação, a origem de tudo, as outras praças vivem de repercussão. Então você fica viciado em ver as coisas surgirem no meio dos fatos, a origem das coisas, né. É muito interessante profissionalmente”, disse também ao programa Memória Globo, em 2004.
Além de jornalista, Ibiapina também era escritor e membro da Academia Cearense de Letras. Em dezembro de 2020, lançou o livro “Histórias de Gente da Gente”, que reúne mais de 290 ‘causos’ vividos por cearenses.
Estava internado no Hospital Santa Lúcia há cerca de 20 dias, segundo Edilma.