De acordo com Ana Couto, CEO da consultoria Ana Couto, os brasileiros acima de 45 anos adjetivam o Brasil como pátria amada, devido ao que vivenciaram no país. Já os jovens entre 18 a 45 anos têm sentimentos controversos de amor e raiva, alegria e indignação, por acontecimentos, desigualdades sociais e injustiças que acompanharam.
Com a proposta de discutir a visão polarizada dos brasileiros sobre o Brasil, sugerir uma revisão da valorização nacional e lançar sua plataforma de gestão de valor de marcas, a Ana Couto divulgou o estudo “Branding Brasil”. O relatório mapeia as percepções dos brasileiros sobre si próprios, o país, os símbolos, incluindo bandeira, camisa da seleção e marcas nacionais.
O estudo também buscou mostrar as marcas representantes do Brasil, nacional e internacionalmente. A Petrobras predomina (26%) dos entrevistados, ou um em cada quatro brasileiros, seguida por Havaianas (7%), Natura (6%), Banco do Brasil (4%) e Guaraná Antártica (3%). De forma geral, os segmentos das marcas mais representam o Brasil são commodities (30%), bens de consumo (24%), financeiro (8%), beleza (7%), varejo (4%), moda (3%), telecomunicações (2%), indústria (2%), serviços estaduais (1%) e associações (0,3%).
A pesquisa quantitativa foi feita com 2,5 mil representantes das cinco classes econômicas, social listening de 600 mil publicações no Twitter e consulta a cinco comunidades online. O resultado dividiu a análise em quatro partes: a relação do brasileiro com o país, o branding do Brasil, as marcas brasileiras nas ondas do branding e aprendizados e reflexões.
Ana Couto acredita que é responsabilidade de todos os brasileiros, inclusive as marcas, ressignificar o Brasil. “O Brasil é nosso, do brasileiro. As organizações vinham com uma mentalidade que era só gerar lucro para os acionistas. O capitalismo mudou muito e, hoje, o objetivo é gerar valor para todos os stakeholders e sociedade. As organizações estão à frente disso, muito mais do que o governo. O empresariado está num nível de maturidade alto, porque ele é cobrado pela população e comunidade internacional, de refletir o século XXI. As organizações estão respondendo a essa demanda. Precisamos criar novas lideranças. Enquanto acharmos que não é responsabilidade dos brasileiros, não vamos avançar”, argumenta a executiva, segundo Meio&Mensagem.