Brasília, 12 de Outubro de 2024 - 8:58

FEBRABAN BARRA COMERCIAL DA ABRASEL JUNTO AO CONAR

Está em curso uma contenda entre donos de bares e restaurantes e as instituições financeiras. De um lado, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que fez anúncios em defesa do parcelamento sem juros no cartão de crédito. Do outro, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que argumenta que crédito, sempre, tem custo.

A demanda da Abrasel tem a ver com discussão sobre mudanças na cobrança do crédito rotativo do cartão de crédito, em tramitação no Congresso Nacional.

“Os grandes bancos querem acabar com as suas compras parceladas sem juros”. A Febraban foi ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pedir a sustação desse comercial da Abrasel.

A conselheira Fabiana Soriano, do Conar, conforme noticiado, acatou o pedido da Febraban, argumentando que o anúncio tem “impacto potencialmente enganoso e depreciativo”. E que o material da Abrasel faz “imputação genérica”, sem disponibilizar informações “que pudessem atestar a veracidade de tal imputação”.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, diz que vai seguir contrariando os bancos. “Há anos lançamos o manifesto ‘Simplifica Brasil’. Nosso objetivo é ajudar os comerciantes, e eles precisam do parcelado sem juros. Vou continuar criticando os bancos, publicamente, não tenho nada a esconder”, diz ele.

Solmucci chegou a pedir ajuda ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino: “Ministro Flávio Dino, Bradesco, Itaú e Santander acionaram o Conar visando restringir a nossa liberdade de expressão numa causa de enorme interesse da sociedade, a essência da democracia. Pode ajudar?”, diz o banner na internet.

Além dos comerciais, a entidade publicou um vídeo no Youtube:  “Bancos querem aleijar o parcelado sem juros“.  “Queremos que este seja um debate público, nada escondido em gabinetes oficiais”, diz Solmucci.

Em nota, a Febraban afirma que a decisão do Conar “demonstra que o comercial suprimido possuía conteúdo flagrantemente abusivo, enganoso, depreciativo e falso”. “A Febraban nunca defendeu o fim do parcelado sem juros.”

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