Depois de aceitar o convite de Fábio Wajngarten para integrar a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Fona esteve na Agência Brasileira de Inteligência para ser avaliado antes de assumir a função. Nesse momento, colocou toda sua história profissional e todas as experiências exercidas ao lado de políticos do Distrito Federal, com quem trabalhou e serviu. Depois de cumprir o procedimento – comum a todos que entram no primeiro escalão do Governo Federal, foi nomeado no dia 06 de agosto como Secretário de Imprensa e exonerado ontem, 13/08, uma semana depois.
O aviso da exoneração foi dado por um assessor do Secretário de Comunicação, justificando que o Presidente da República não quer trabalhando com sua equipe um integrante fundador do PT, além de manter relações com o PSB – partido do ex-governador do DF Rodrigo Rollemberg, onde o jornalista foi Secretário de Comunicação.
Fona foi surpreendido com a decisão e declarou: “A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que passei de diferentes partidos – MDB, PSDB e PSB – sempre trabalhei com o objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às propostas da gestão. Foi assim que aprendi a trabalhar ao longo de quase quatro décadas, nos principais veículos de comunicação do país e nas secretarias de Comunicação do Distrito Federal, por duas vezes, e do Rio Grande do Sul. Com meu pai aprendi a respeitar as pessoas e os cargos públicos que me foram confiados. Construí minha carreira profissional com meus próprios méritos e defeitos. Obrigado a todos os jornalistas que me acolheram de maneira calorosa e esperançosa de que o relacionamento mudaria”.
Agora, resta uma pergunta sobre o acontecido: como Jair Bolsonaro considera as avaliações da Abin?