O boato de que a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) deve ser privatizada está se transformando em fato. Foram publicados hoje (09) dois decretos presidenciais, que incluem a EBC e a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização. Serão avaliadas e, talvez, capitalizadas para venda pública.
As medidas se inserem no esforço do governo federal em vender estatais, conforme recomendação da executiva do Programa de Parcerias de Investimento (PPI).
Criada em 2007 para ser uma empresa pública de comunicação e não de governo, a EBC tem controle 100% da União. Mas também tem autonomia de produção de conteúdo, independente do governo federal. Absorveu os patrimônios da antiga Radiobras, incluindo a rede de Radio Nacional e os ativos que pertenciam à Fundação Roquete Pinto. Desde 2020, saiu da Secretaria de Governo do Palácio do Planalto e passou a ser vinculada ao Ministério das Comunicações.
A Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras) surgiu como ideia no segundo governo Getúlio Vargas, para repassar ao poder público um setor vital. Até então, a geração de energia elétrica no país estava concentrada nas mãos de empresas estrangeiras. Teve projeto lento, de mais de 10 anos, até ser aprovada no Congresso em 1961.