O Repórter Record Investigação retorna a Brumadinho e encontra um cenário desolador. Dois anos depois do crime, as consequências ainda são devastadoras na vida das pessoas, que sofrem com problemas de saúde física e mental, crise financeiras graves e o medo de novos acidentes na região. Ao todo, foram 270 pessoas mortas após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro de 2019. Até hoje, 11 corpos ainda não foram encontrados.
À época do rompimento da barragem, o clima no Córrego do Feijão era de desespero. Casas embaixo dos rejeitos e pessoas aflitas. Agora só resta o silêncio das moradias abandonadas. "Aqui acabou o futuro. É triste demais ter que ir embora desse lugar. Não tem como ficar, não. É revoltante o que a Vale fez com a gente", conta Wilson, um dos poucos que permanecem na região.
A crise não é só financeira Um levantamento da prefeitura de Brumadinho mostra que os atendimentos de saúde passaram de 104 mil em 2018 para quase 290 mil em 2019, o que representa um aumento de 177%. A saúde mental dos moradores também foi duramente afetada.
E mais: como uma obra gigantesca da Vale está mudando a rotina dos moradores de um vilarejo e o que essa obra tem a ver com o crime de Brumadinho.
A reportagem é dos jornalistas Rogério Guimarães, Mariane Salerno e Leonardo Medeiros. A edição é de Aldrich Kanashiro.
O Repórter Record Investigação vai ao ar nesta quinta-feira às 22h45. A apresentação é de Adriana Araújo.