A grande aposta das agências de publicidade tem sido a criação de novos negócios (66%). Para o futuro, investirão em produção de conteúdo, implantação de business intelligence e oferta de outros serviços (37%). São algumas das conclusões do estudo “O futuro das agências: ESG, aquisições, crescimento e concorrência”, conduzido pela KPMG junto com Meio&Mensagem, com 50 líderes de agências de publicidade no Brasil.
“As agências precisam se transformar para corresponder às expectativas do novo mercado, o que pressupõe a busca por novas habilidades e perfis de profissionais, o redimensionamento de áreas e outras providências transversais ao negócio. Desafios financeiros de crescimento, renovação do modelo de negócio e ESG” são temas urgentes, afirma Francisco Clemente, sócio-líder do segmento de Mídia e Esportes da KPMG BR.
Em relação à inclusão de serviços ou soluções no portfólio, 59% das agências passaram a oferecer a medição de campanhas e performance, 56% começaram a ofertar business intelligence, 46% tornaram-se produtoras de conteúdo e 33% implementaram a estratégia de comunicação com influencers. Quando questionados sobre as principais iniciativas em inovação, ampliação de escopo (49%) e transformação digital (27%) foram os mais fortes. Sobre estratégias de prospecção, a maioria (64%) cultiva uma reputação criativa com investimentos em capital humano e prêmios. Para um terço (36%), a estratégia atual é a aquisição de novos talentos e novas capacidades e 30% confiam no caminho tecnológico, priorizando a análise de dados (data analytics). Sobre o perfil de clientes que deverá mais impactar o crescimento da agência nos próximos anos, há um leve otimismo relacionado às startups, citadas por 26% dos respondentes. Entre elas, quando perguntados quais devem iniciar investimentos de forma relevante em publicidade, foram indicadas fintechs (85%) e healthtechs (77%).
Sobre tendências para os próximos anos, o success fee deve se tornar predominante (60%), seguido por fee mensal (48%) e remuneração fechada por projeto (44%). ESG também foi pauta da pesquisa. O aspecto social supera elementos ambientais e de governança. As prioridades (70%) são igualdade salarial e sanar desigualdades de gênero e etnia, aumentando a diversidade nos cargos de liderança.
O estudo “O futuro das agências: ESG, aquisições, crescimento e concorrência”, conduzida pela KPMG em conjunto com o Meio&Mensagem, foi elaborada em duas etapas: quantitativa, com as respostas de 50 líderes de agências; e qualitativa, com base em conversas com 16 desses executivos. Foram consideradas agências de diversos portes, níveis de receitas e perfis.