Em editorial, o Correio Braziliense veio a público “dissipar especulações” a respeito de informações sobre suposta aquisição de parte de seu passivo pelo ex-senador e empresário Luiz Estevão. O esclarecimento principal é aquele que o site www.fernandovasconcelos.com informou, por meio da nota “Grupo Luiz Estevão compra dívida do Correio”: o jornal não foi vendido.
O editorial começa assim: “Em primeiro lugar, o Correio Braziliense não foi vendido. E não está à venda”. Informa que a publicação pioneira em Brasília, pertencente aos Diários Associados, negocia, sim, um passivo junto ao Banco de Brasília (BRB). Esse passivo envolve um dos imóveis do jornal. E que as negociações, iniciadas há um ano, estavam a bom termo na esfera judicial, com decisões favoráveis ao jornal.
“Causou espécie, entretanto, quando o Correio recebeu a informação de que presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, envolveu-se, pessoalmente, na nebulosa intromissão de Luiz Estevão de Oliveira, na negociação entre o jornal e o banco. Ressalta-se que, até aqui, as tratativas sempre ocorreram considerando as manifestações do Poder Judiciário”, diz o jornal.
Na nota, o Correio cita que a interferência de Luiz Estevão “contamina o diálogo” entre o jornal e o BRB, e se dá por meio da empresa Casa Forte, de propriedade de dois filhos do ex-senador, preso em Brasília por corrupção ativa, estelionato e corrupção de agentes penitenciários.
O jornal finaliza assegurando aos leitores que, de maneira formal, ainda não foi notificado sobre “intenções do empresário sobre o patrimônio do jornal”.
A nota publicada por esta página dia 14 dá conta de informações do mercado e do site Diário do Poder sobre a aquisição, por 83 milhões de reais, de debêntures (título empresarial com lastro bancário) a vencer, cuja garantia é a sede atual do Correio Braziliense, no Setor de Indústrias Gráficas.