Mais uma despedida no mundo da comunicação, desta vez nos deixa o executivo Octávio Frioli Florisbal, que marcou sua carreira dentro da publicidade, do jornalismo e do marketing. Ele morreu na noite desta terça-feira, dia 13 de agosto, aos 84 anos, em São Paulo.
O publicitário Fernando Vasconcelos, lamentou a perda do profissional e amigo. “Conheci Octávio Florisbal na Lintas nos anos 70. Nas minhas idas a São Paulo como Gerente Comercial e colunista do Jornal de Brasília, sempre batia na porta da Lintas e sempre fui bem acolhido por Florisbal. Participei de vários eventos da agência a convite dele”, relembra Fernando.
“Um profissional e cidadão da melhor qualidade. Sempre motivado pelo seu trabalho, realizou as mais importantes contribuições nas empresas por onde atuou, contagiando pessoas com o seu gesto profissional e de humildade como exemplos de que a vida a pena”, disse Fernando. “Deixa um belo legado com a sua passagem entre nós”.
Carreira de sucesso
Formado em comunicação e marketing pela ESPM, com inúmeros cursos de especialização em Nova York, Octávio Florisbal percorreu uma trajetória de décadas na indústria da comunicação, dos quais mais de 30 anos dentro da Globo.
Nascido em São Paulo no dia 20 de maio de 1940, filho do avicultor Elegardo Florisbal e da dona de casa Josephina Frioli Florisbal, aos 15 anos ele partiu sozinho para o Rio de Janeiro, com o objetivo de estudar no Colégio Pedro II e, depois, no Colégio Naval, em Angra dos Reis.
Antes de iniciar a carreira na emissora, Florisbal atuou nas agências de publicidade J. Walter Thompson, Norton Publicidade e Lintas Internacional.
Em 1982, o profissional foi contratado para estruturar o departamento de marketing da Globo. Sua principal missão era criar um canal de comunicação permanente entre a área comercial e os setores de programação, criação, produção e jornalismo.
Florisbal foi diretor da Central Globo de Marketing por oito anos, até que, em 1991, em um momento de crise econômica no país, foi convidado pelos acionistas da emissora a se tornar superintendente comercial. Uma das marcas da sua gestão na função foi profissionalizar o modelo de comercialização dos espaços publicitários.
Em 2002, assumiu interinamente o cargo de diretor-geral da Rede Globo, após o afastamento, por motivos de saúde, da executiva Marluce Dias. Em 2004, foi efetivado no posto, em que permaneceu até dezembro de 2012, quando foi sucedido por Carlos Henrique Schroder.
No ano seguinte, passou a integrar o Conselho de Administração das Organizações Globo, do qual fez parte até 2017.
Em 2009, recebeu o prêmio de Personalidade do Ano da Associação Brasileira de Propaganda.
(Com informações do portal G1)